Nossa geração passa por momento inédito no que diz respeito a economia. Com o advento do bitcoin tivemos uma revolução, pois com uma moeda descentralizada é possível transações instantâneas pelo mundo todo sem que tenha que se passar por casas de câmbios, bancos centrais ou pagamento de impostos como IOF.
Somado a isso, temos taxas de juros negativas, situação inédita e absurda, que levaram bancos de grandes países a recusarem dinheiro de clientes.
Temos uma poupança que possui rendimento inferior a taxa de inflação, ou seja, deixando dinheiro parado na poupança ou mesmo entre as opções do tesouro direto, estaríamos perdendo dinheiro na verdade. Existe opção de tesouro direto atrelado a inflação, mas um bom libertário desconfia dos números apresentados pelo governo.
Por outro lado, temos o crescimento do mercado de criptomoedas em que possuimos “investimentos” equivalentes a poupança ou tesouro direto. Temos por exemplo a Block-fi, Ledn, a própria Binance, Nexo e muitas outras opções que trazem rendimentos de 6 % ao ano em bitcoin e valores ainda maiores em outras criptomoedas.
Se pegarmos como exemplo a stablecoin USDC, que é pareada em dólar, é possível achar aplicações com rendimento de até 12,5% ao ano em uma dessas instituições citadas. São rendimentos muito acima do que as moedas de países podem proporcionar, sem contar com o mercado de ações, claro.
Devemos ter cuidado, claro, pois se trata de um mercado novo e não possui ainda um FGC(Fundo Garantidor de crédito), apesar de possuir instituições especializadas em armazenar as criptomoedas, como exemplo a Genesis. É certo que esse tipo de serviço tende a crescer e melhorar em termos de segurança e quem sabe maiores rendimentos.
A última desculpa que tínhamos para não usarmos criptomoedas era o uso, ou seja, o comércio do nosso dia a dia utiliza moedas estatais. Mas já existem instituições que emitem cartões de créditos e mantém suas reservas de bitcoin. Esse tipo de atitude do mercado vem crescendo com o Mastercard e Visa defendendo o bitcoin, além do Paypal já aceitar bitcoin.
Já podemos fechar nossas contas em bancos e vivermos das criptomoedas, protegidos da inflação e com rendimentos anuais.
O Brasil ainda está bem atrasado nesta questão, mas quem sabe ele alcance muitos países da Ásia e consegue entrar de vez neste mercado.